Investindo sem conhecer os riscos

Planejamento Financeiro Básico
Quando realizamos qualquer tipo de investimentos o mais importante é entender o risco ao qual estamos expostos e não apenas investir porque alguém nos indicou ou sugeriu.
Lucas Cortezzi
22/02/2023
Stack

No artigo de hoje iremos apresentar 2 casos reais e trazer um alerta sobre investimentos realizados sob a influência de outras pessoas, sejam elas amigos, parentes ou profissionais.

Por muitas vezes por confiarmos nas pessoas contratamos investimentos sem entender detalhes e isso pode ser prejudicial para o investidor.

Caso a oferta seja realizada por um profissional ainda há a possibilidade de maiores esclarecimentos oficiais e instruções, mas quando essa influência é realizada por amigos ou parentes, por vezes não temos toda a orientação técnica suficiente para sua realização.

Oferta de rentabilidade de segurança sem apresentação de riscos

O primeiro nos foi trazido por uma leitora, segundo ela, após aportar valores da venda de um veículo em uma corretora brasileira famosa, ela alocou tudo em um CDB que estava rendendo 100% do CDI, pois está satisfeita com o rendimento bruto de 13.65% a.a. (ao ano), pelo resgate imediato e pela proteção do FGC – Fundo Garantidor de Crédito.

Dias após esse aporte, ela recebeu um e-mail de um Assessor de Investimentos da própria corretora oferendo um investimento em recebíveis imobiliários cuja rentabilidade estava em CDI+1,3%, com vencimento em 5 anos e que esse investimento em recebíveis imobiliários seriam mais rentáveis e tão seguros quanto os investimentos atuais dela.

Por não entender o que eram os “recebíveis imobiliários” ela entrou em contato conosco nos encaminhando o e-mail, ao lermos o e-mail facilmente se percebe que nada foi falado sobre os riscos adicionais de se investir em um Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI, apenas se falava das vantagens desse investimento.

Então, qual o problema?

Em nossa opinião o problema ocorre quando o produto é oferecido ao investidor sem todas as informações que podem afetar sua decisão.

Apesar da aparente boa rentabilidade, nada foi explicado para ela sobre o investimento em CRI não possuir o Fundo Garantidor de Crédito e que no período de 5 anos a taxa básica de juros poderia cair e prejudicar a rentabilidade de seu investimento, sendo impossível resgatar os valores nesse período.

Caso nossa leitora fosse menos curiosa seu dinheiro poderia ter sido alocado em um investimento que não atendia suas necessidades simplesmente porque não lhe foram apresentadas todas as informações sobre o produto e pela falta de um contato mais personalizado com a cliente.

Fundo de reserva de emergência com investimentos de alto risco

No segundo caso de hoje, temos o problema de rentabilidade apresentado pelo fundo de investimentos “Nu Reserva Imediata” da Nu Investe (Nubank S.A.) que sofreu variações negativas com o impacto dos problemas da varejista Americanas no mercado financeiro.

Similar ao primeiro caso, aqui o problema é também a falta de informações, mas diferente do primeiro caso, entendemos que nesta situação o Fundo errou mais ainda.

Resumindo o caso, a Americanas como forma de financiar suas operações emite debêntures, no caso o fundo “Nu Reserva Imediata” possuía cerca de 1% de seu patrimônio nesse tipo de ativo financeira.

Então, qual o problema?

O problema ocorre quando o Nubank cria um fundo de reserva de emergência, que deve ser um valor previsível, de resgate imediato e baixo risco, e nesse fundo inclui um ativo de risco elevado, como no caso uma debênture.

Segundo levantado em matéria divulgada pelo site exame.com, cerca de 18,61% do patrimônio desse fundo é investido em debêntures, o que faz com que esse fundo tenha mais risco que seu material publicitário sugere.

O investimento em debêntures também não possui FGC e caso haja algum problema de risco, ele é transferido diretamente ao investidor, como no caso ocorreu, impactando o rendimento dos cotistas do fundo.

Invista apenas no que conhece

A lição que buscamos passar hoje é que existe uma infinidade de investimentos disponíveis para quem pensa no futuro, porém com todas essas possibilidades podemos ficar super confiantes, confiar demais na opinião alheia ou em materiais publicitárias.

O importante é que antes de realizar algum tipo de investimento, você deve pesquisar sobre o assunto, entender brevemente os riscos dele, qual a possibilidade de você perder dinheiro e também se aquilo faz sentido para o momento em que está vivendo.

Evite realizar investimentos que você não entenda ou não conheça os riscos, na lifin existe muito material explicando detalhadamente vários tipos de investimentos, caso não encontre aqui, é possível pesquisar essas informações pelos sites de buscas, não invista desinformado.

Já caiu em papo de vendedor e contratou aquele COE (Certificado de Operações Estruturadas) e não teve rendimento? Você não é o único. 

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Quando realizamos qualquer tipo de investimentos o mais importante é entender o risco ao qual estamos expostos e não apenas investir porque alguém nos indicou ou sugeriu.
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No artigo de hoje iremos apresentar 2 casos reais e trazer um alerta sobre investimentos realizados sob a influência de outras pessoas, sejam elas amigos, parentes ou profissionais.

Por muitas vezes por confiarmos nas pessoas contratamos investimentos sem entender detalhes e isso pode ser prejudicial para o investidor.

Caso a oferta seja realizada por um profissional ainda há a possibilidade de maiores esclarecimentos oficiais e instruções, mas quando essa influência é realizada por amigos ou parentes, por vezes não temos toda a orientação técnica suficiente para sua realização.

Oferta de rentabilidade de segurança sem apresentação de riscos

O primeiro nos foi trazido por uma leitora, segundo ela, após aportar valores da venda de um veículo em uma corretora brasileira famosa, ela alocou tudo em um CDB que estava rendendo 100% do CDI, pois está satisfeita com o rendimento bruto de 13.65% a.a. (ao ano), pelo resgate imediato e pela proteção do FGC – Fundo Garantidor de Crédito.

Dias após esse aporte, ela recebeu um e-mail de um Assessor de Investimentos da própria corretora oferendo um investimento em recebíveis imobiliários cuja rentabilidade estava em CDI+1,3%, com vencimento em 5 anos e que esse investimento em recebíveis imobiliários seriam mais rentáveis e tão seguros quanto os investimentos atuais dela.

Por não entender o que eram os “recebíveis imobiliários” ela entrou em contato conosco nos encaminhando o e-mail, ao lermos o e-mail facilmente se percebe que nada foi falado sobre os riscos adicionais de se investir em um Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI, apenas se falava das vantagens desse investimento.

Então, qual o problema?

Em nossa opinião o problema ocorre quando o produto é oferecido ao investidor sem todas as informações que podem afetar sua decisão.

Apesar da aparente boa rentabilidade, nada foi explicado para ela sobre o investimento em CRI não possuir o Fundo Garantidor de Crédito e que no período de 5 anos a taxa básica de juros poderia cair e prejudicar a rentabilidade de seu investimento, sendo impossível resgatar os valores nesse período.

Caso nossa leitora fosse menos curiosa seu dinheiro poderia ter sido alocado em um investimento que não atendia suas necessidades simplesmente porque não lhe foram apresentadas todas as informações sobre o produto e pela falta de um contato mais personalizado com a cliente.

Fundo de reserva de emergência com investimentos de alto risco

No segundo caso de hoje, temos o problema de rentabilidade apresentado pelo fundo de investimentos “Nu Reserva Imediata” da Nu Investe (Nubank S.A.) que sofreu variações negativas com o impacto dos problemas da varejista Americanas no mercado financeiro.

Similar ao primeiro caso, aqui o problema é também a falta de informações, mas diferente do primeiro caso, entendemos que nesta situação o Fundo errou mais ainda.

Resumindo o caso, a Americanas como forma de financiar suas operações emite debêntures, no caso o fundo “Nu Reserva Imediata” possuía cerca de 1% de seu patrimônio nesse tipo de ativo financeira.

Então, qual o problema?

O problema ocorre quando o Nubank cria um fundo de reserva de emergência, que deve ser um valor previsível, de resgate imediato e baixo risco, e nesse fundo inclui um ativo de risco elevado, como no caso uma debênture.

Segundo levantado em matéria divulgada pelo site exame.com, cerca de 18,61% do patrimônio desse fundo é investido em debêntures, o que faz com que esse fundo tenha mais risco que seu material publicitário sugere.

O investimento em debêntures também não possui FGC e caso haja algum problema de risco, ele é transferido diretamente ao investidor, como no caso ocorreu, impactando o rendimento dos cotistas do fundo.

Invista apenas no que conhece

A lição que buscamos passar hoje é que existe uma infinidade de investimentos disponíveis para quem pensa no futuro, porém com todas essas possibilidades podemos ficar super confiantes, confiar demais na opinião alheia ou em materiais publicitárias.

O importante é que antes de realizar algum tipo de investimento, você deve pesquisar sobre o assunto, entender brevemente os riscos dele, qual a possibilidade de você perder dinheiro e também se aquilo faz sentido para o momento em que está vivendo.

Evite realizar investimentos que você não entenda ou não conheça os riscos, na lifin existe muito material explicando detalhadamente vários tipos de investimentos, caso não encontre aqui, é possível pesquisar essas informações pelos sites de buscas, não invista desinformado.

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No artigo de hoje iremos apresentar 2 casos reais e trazer um alerta sobre investimentos realizados sob a influência de outras pessoas, sejam elas amigos, parentes ou profissionais.

Por muitas vezes por confiarmos nas pessoas contratamos investimentos sem entender detalhes e isso pode ser prejudicial para o investidor.

Caso a oferta seja realizada por um profissional ainda há a possibilidade de maiores esclarecimentos oficiais e instruções, mas quando essa influência é realizada por amigos ou parentes, por vezes não temos toda a orientação técnica suficiente para sua realização.

Oferta de rentabilidade de segurança sem apresentação de riscos

O primeiro nos foi trazido por uma leitora, segundo ela, após aportar valores da venda de um veículo em uma corretora brasileira famosa, ela alocou tudo em um CDB que estava rendendo 100% do CDI, pois está satisfeita com o rendimento bruto de 13.65% a.a. (ao ano), pelo resgate imediato e pela proteção do FGC – Fundo Garantidor de Crédito.

Dias após esse aporte, ela recebeu um e-mail de um Assessor de Investimentos da própria corretora oferendo um investimento em recebíveis imobiliários cuja rentabilidade estava em CDI+1,3%, com vencimento em 5 anos e que esse investimento em recebíveis imobiliários seriam mais rentáveis e tão seguros quanto os investimentos atuais dela.

Por não entender o que eram os “recebíveis imobiliários” ela entrou em contato conosco nos encaminhando o e-mail, ao lermos o e-mail facilmente se percebe que nada foi falado sobre os riscos adicionais de se investir em um Certificado de Recebíveis Imobiliários - CRI, apenas se falava das vantagens desse investimento.

Então, qual o problema?

Em nossa opinião o problema ocorre quando o produto é oferecido ao investidor sem todas as informações que podem afetar sua decisão.

Apesar da aparente boa rentabilidade, nada foi explicado para ela sobre o investimento em CRI não possuir o Fundo Garantidor de Crédito e que no período de 5 anos a taxa básica de juros poderia cair e prejudicar a rentabilidade de seu investimento, sendo impossível resgatar os valores nesse período.

Caso nossa leitora fosse menos curiosa seu dinheiro poderia ter sido alocado em um investimento que não atendia suas necessidades simplesmente porque não lhe foram apresentadas todas as informações sobre o produto e pela falta de um contato mais personalizado com a cliente.

Fundo de reserva de emergência com investimentos de alto risco

No segundo caso de hoje, temos o problema de rentabilidade apresentado pelo fundo de investimentos “Nu Reserva Imediata” da Nu Investe (Nubank S.A.) que sofreu variações negativas com o impacto dos problemas da varejista Americanas no mercado financeiro.

Similar ao primeiro caso, aqui o problema é também a falta de informações, mas diferente do primeiro caso, entendemos que nesta situação o Fundo errou mais ainda.

Resumindo o caso, a Americanas como forma de financiar suas operações emite debêntures, no caso o fundo “Nu Reserva Imediata” possuía cerca de 1% de seu patrimônio nesse tipo de ativo financeira.

Então, qual o problema?

O problema ocorre quando o Nubank cria um fundo de reserva de emergência, que deve ser um valor previsível, de resgate imediato e baixo risco, e nesse fundo inclui um ativo de risco elevado, como no caso uma debênture.

Segundo levantado em matéria divulgada pelo site exame.com, cerca de 18,61% do patrimônio desse fundo é investido em debêntures, o que faz com que esse fundo tenha mais risco que seu material publicitário sugere.

O investimento em debêntures também não possui FGC e caso haja algum problema de risco, ele é transferido diretamente ao investidor, como no caso ocorreu, impactando o rendimento dos cotistas do fundo.

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A lição que buscamos passar hoje é que existe uma infinidade de investimentos disponíveis para quem pensa no futuro, porém com todas essas possibilidades podemos ficar super confiantes, confiar demais na opinião alheia ou em materiais publicitárias.

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